Quando chegava ao ateliê a primeira
coisa que fazia era ligar o rádio. Hoje é o
computador...para ouvir música, sobretudo. O ruído tão constante na tradicional audição
radiofónica deixou de existir com a internet, permitindo, simultaneamente, outras
opções na escolha dos temas e na abordagem à música, mais consentânea com o gosto pessoal do momento. Novos tempos estes. Eu, um dependente da
musicalidade clássica, deixei, quase definitivamente, de ouvir vozes que me eram tão
familiares na estação preferida. Agora a música está por minha conta, sem conversas intermédias,
nem panfletários ou politólogos descontentes, de esgotar a paciência. O progresso também tem
destas coisas. Boas, claro.
E aqui, na blogosfera, neste usual meio de devorar as notícias e os
acontecimentos nuns breves instantes, ninguém tem tempo, nem que sejam apenas 3
ou 4 minutos para ouvir uma música, por mais bela que ela seja. Mas porque me cansei das conversas do costume e das lamentações de
sempre dos textos e dos apontamentos dos internautas dependentes, quantas vezes me deixo levar pelo som de uma voz ou de um instrumento de excelência, enquanto me perco nos caminhos da pintura.
E vos deixo com a música de Chopin, porque é um retrato de um hábito meu.
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