segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Enquanto o Natal não chega

 
 
 
 
 
 
 
Enquanto o Natal não chega os dias correm, mas agora já com o pensamento, de vez em quando, no significado da quadra natalícia e em tudo o que ela envolve. É a festa, sobretudo, com aqueles que nos são próximos e de quem gostamos e que queremos continuar no tempo e na memória, a comungar ideias e projetos, que me inspira e me dá alento. É um espírito diferente, onde o que conta é o olhar pelo lado bom, que une e faz esquecer o pior que há nos sete pecados mortais. Mas isso é outra história, com caminhos tristes que fazem parte da marcha dos dias e das vidas. E é bom saber viver momentos especiais. Como aqueles que só o Natal traz consigo.
 
 
 
 
Os meus dias são feitos quase sempre de solidão e de música escolhida a gosto, porque a pintura exige concentração e isolamento, com a luz e a ambiência própria, de quem faz da arte das cores uma opção gratificante do estar e do ser. É, no cruzamento entre os dois mundos compostos de fraternidade e de comunhão, com gente dentro e solidão que, pela exigência do trabalho, passo o tempo querendo construir um imaginário que seja apelativo. Eu tento, confesso. Mas o destino tem destas coisas: não se pode ter tudo. Mas procuro. Sempre. Dias felizes. Também.
 
 
 
E vos deixo com as palavras de Álvaro de Campos:
 
“Gostava de gostar de gostar.”


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