Enquanto o Natal não chega os
dias correm, mas agora já com o pensamento, de vez em quando, no significado da
quadra natalícia e em tudo o que ela envolve. É a festa, sobretudo, com aqueles
que nos são próximos e de quem gostamos e que queremos continuar no tempo e na memória,
a comungar ideias e projetos, que me inspira e me dá alento. É um espírito
diferente, onde o que conta é o olhar pelo lado bom, que une e faz
esquecer o pior que há nos sete pecados mortais. Mas isso é outra história, com
caminhos tristes que fazem parte da marcha dos dias e das vidas. E é bom saber
viver momentos especiais. Como aqueles que só o Natal traz consigo.
Os meus dias são feitos quase
sempre de solidão e de música escolhida a gosto, porque a pintura exige
concentração e isolamento, com a luz e a ambiência própria, de quem faz da arte
das cores uma opção gratificante do estar e do ser. É, no cruzamento entre os dois
mundos compostos de fraternidade e de comunhão, com gente dentro e solidão que,
pela exigência do trabalho, passo o tempo querendo construir um imaginário que
seja apelativo. Eu tento, confesso. Mas o destino tem destas coisas: não se
pode ter tudo. Mas procuro. Sempre. Dias felizes. Também.
E vos deixo com as palavras de
Álvaro de Campos:
“Gostava de gostar de gostar.”
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