João Alfaro
Pintura em construção, 2014
Há coisas que gostamos de fazer.
E muito. Tarefas mil, contudo, obrigam-nos a conceber
rotinas cansativas, pouco ou nada interessantes; por isso, gostamos,
momentaneamente, de “fugir” para momentos de criação e lazer, para que os
dias tenham algum sentido construtivo.
Quando se assiste, por exemplo, à realização de uma pintura – porque a sua finalização é sempre aleatória e subjetiva -, dado que pintar não é propriamente um uso vulgarizado, e, porque encerra em si - como todas as artes - o melhor que há na fruição dos sentidos, suscitando curiosidade em saber como vai evoluir a obra e como acaba, há sempre uma onda expectante, nos mirones, de ocasião, se os houver...Ver as diferentes fases e hipoteticamente os segredos ou métodos que cada um dos criadores utiliza, transporta consigo a magia da descoberta. Há, assim, um misto de fascínio, inveja e desencanto. É admirável observar como, com recursos limitados, se constrói um imaginário plástico que nos leva para outras paragens, para outros destinos, para outras vidas; é de invejar quando se percebe que uns são mais capazes que outros, mercê da entrega e das oportunidades geradas, chegando muito longe. É, pelo contrário, um desencanto, quando se vê que apesar de tanto sacrifício não se consegue fazer um trabalho válido e sustentável, reconhecidamente . Enfim, com artes mágicas ou sem elas os dias passam e as obras nascem para que outros julguem, com sonoridade ou eternamente esquecidas num qualquer canto. Como acontece muito. Aqui e em todo o lado. Sempre.
Quando se assiste, por exemplo, à realização de uma pintura – porque a sua finalização é sempre aleatória e subjetiva -, dado que pintar não é propriamente um uso vulgarizado, e, porque encerra em si - como todas as artes - o melhor que há na fruição dos sentidos, suscitando curiosidade em saber como vai evoluir a obra e como acaba, há sempre uma onda expectante, nos mirones, de ocasião, se os houver...Ver as diferentes fases e hipoteticamente os segredos ou métodos que cada um dos criadores utiliza, transporta consigo a magia da descoberta. Há, assim, um misto de fascínio, inveja e desencanto. É admirável observar como, com recursos limitados, se constrói um imaginário plástico que nos leva para outras paragens, para outros destinos, para outras vidas; é de invejar quando se percebe que uns são mais capazes que outros, mercê da entrega e das oportunidades geradas, chegando muito longe. É, pelo contrário, um desencanto, quando se vê que apesar de tanto sacrifício não se consegue fazer um trabalho válido e sustentável, reconhecidamente . Enfim, com artes mágicas ou sem elas os dias passam e as obras nascem para que outros julguem, com sonoridade ou eternamente esquecidas num qualquer canto. Como acontece muito. Aqui e em todo o lado. Sempre.
E vos deixo com as palavras de Albert Einstein, in " Como Vejo o Mundo":
"O
que há de mais belo na nossa vida é o sentimento do mistério. É este o
sentimento fundamental que se detém junto ao berço da verdadeira arte e da
ciência."
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