Antero Guerra e
Cristina Troufa
Artspace João Carvalho,
Gouxaria (Alcanena), 2014
Conheci o Antero nos anos
oitenta, depois, por razões profissionais, os nossos caminhos foram outros e,
pela magia que as novas tecnologias permitem, com o clicar de um botão,
voltámos a encontrar-nos, tantos anos depois. Em boa hora, diga-se.
A razão primeira foi a pintura. O
motivo que nos fez voltar a conviver foi, de novo, o amor pela arte. E, é este
gostar de conviver na procura do belo estético, como complemento da magia que a
vida comporta, que acontecem mutações no estar e na esperança. De um quase celibato
pintar, pelo acaso de um reencontro, vivo agora rodeado de artistas e novas
gentes, num frenesim de acontecimentos que o tempo dirá de sua justeza. Confesso
que adoro este conviver, mesmo sabendo que nem tudo que luz é ouro, mas é pela
procura que se chega ao encontro. Com fantasia, também. E consciência,
sobretudo.
A roda dos amigos é variada no
tempo e nas circunstâncias. Os pontos de proximidade ou de afastamento fazem-se
pelo desejo, pela necessidade, ou pela obrigação, de dar resposta a interesses
comuns. Agora, o que quero mesmo, neste virar de páginas do desenrolar da vida,
é conviver com os que sentem o desejo de edificar novas expressões culturais. E
pouco mais.
E vos deixo com as palavras de Vinicius
Moraes que escreveu:
"A vida é a arte do
encontro, embora haja tanto desencontro pela vida."
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