João Alfaro
“Espelho de água”,
2011
Pintura sobre tela de
80X100cm
João Alfaro
“Um dia no campo”, 2011
Pintura sobre tela de
80 X100 cm
Pinturas a expor no mês de maio,
em Santarém, no Fórum Ator Mário Viegas.
No labiríntico circular entre as
quatro paredes e o exterior delas, se resume o mapa geográfico de cada um. Sempre
com os mesmos percursos ou aleatoriamente percorrendo o mundo, cada um faz o seu
caminho entre o estar numa caixa ou fora dela. Tudo é um conjunto imaginário de
caixas onde vivemos, a que chamamos casas, apartamentos, vivendas, escritórios,
oficinas e, tantos outros nomes. São tantas, tantas as caixas, umas maiores que outras,
naturalmente. Algumas são enormes, porque nelas cabem muitos sonhos; outras,
apenas servem para nos aprisionar e sufocar, não dando espaço nem para o
pensamento esclarecido. E de caixas em caixas se faz a vida de cada um.
Momentos há que uma brisa, um
olhar distante, um imaginar fugidio faz toda a diferença. Ir à rua, sair por
momentos, saborear o exterior da caixa é um alívio, um escape, sobretudo,
quando muito do tempo é circunscrito às quatro paredes. E hoje vou sair da
caixa. Vou por aí, ao Deus dará.
Sejam felizes.
E vos deixo com as palavras de Blaise
Pascal que disse um dia:
“O que é o homem na natureza? Um
nada em relação ao infinito, um tudo em relação ao nada, um ponto a meio entre
nada e tudo.”
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