sábado, 8 de março de 2014

Túnel do tempo

 
 
 
 

 
João Alfaro
“Encontro”, 2013
Pintura sobre tela, 50X50 cm
 
 
 


 
 
João Alfaro
“Menina estás à janela”, 2012
Pintura sobre tela, 50X50 cm
 
(Pinturas a expor no Centro Cultural Mário Viegas em Santarém)
 



Depois de tantos dias cinzentos, frio quanto baste e chuva em abundância, sabe bem deixar (em casa) a roupa invernosa e ir para a rua, em busca de leveza e luz. Muita luz diga-se. E é isso que agora faço, mesmo que o percurso seja o igual de todos os dias, com os encontros do costume e os queixumes dos mesmos nas conversas de conveniência. É a natureza no seu melhor a dizer quanto é bela a vida da observância das pequenas coisas, que constituem o maravilhoso e fantástico da magia solarenga dos dias.

 

No túnel do tempo, que é a travessia de cada um, sobra sempre o desejo de realizar algo de novo que seja apelativo e elevatório da dimensão do querer. Mas é preciso lutar e não desistir. Vejo, todavia, tantos quebrando e maldizendo, no entanto, no mar dos perdidos, encontro sempre alguém que acredita e acalenta novas esperanças e alento. E os dias se sucedem. Hoje é o dia da mulher. Que seja um dia de muitos sóis.

 

Para Maio uma exposição, dando significado à entrega e ao desejo da afirmação do existir.

 
 
 

E vos deixo com as palavras de William Shakespeare que disse um dia:

 

“É lícito aspirar ao que não se pode alcançar.”

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