"Abraço", 2013
Pintura sobre tela com 60cm de diâmetro
Desenho, 2013
Estudo Prévio
Em criança estudei sempre em
colégios. Confesso que não guardo recordações para ilustrar. Hoje, quando olho
para o passado, fico surpreso perante o esquecimento de tanto. Ou a penumbra
dos factos, melhor dizendo. A realidade é sempre o que queremos considerar e
julgar, segundo os nossos valores. Tudo toma a forma de acordo com as
conveniências. Do momento. Ou de uma vida. A nossa.
Caminhar é o destino. Com mais ou
menos pomba e circunstância. E sempre desejando que se cumpra o ritual da
passagem geracional, para que faça algum sentido este andar por aqui. Tudo isto, para dizer
que, por muitas voltas que o mundo dê, o tempo traça o destino dos horários
biológicos e, com ele, se vai o melhor e o pior de nós.
Os ciclos da vida trazem e levam.
Agora, outro momento chegou e, com ele, vou virar outra página. Episódios privados
que a pintura vai contar, para memória futura, porque pintar é descrever a
realidade vivida, sentida, com cores, formas e muita fantasia. Com prazer e sem
ressentimentos.
Quando eu morrer levo comigo a incerteza de quem sou.
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