"Catarina I", 2013
Pintura sobre tela
Lembrei-me da poesia pessoana e
de outros episódios. Quando se assiste ao nascimento de uma criança tudo fica
diferente. Mais ainda quando ela é nossa. Do nosso sangue. Basta o olhar para
cativar; basta a sonoridade vocal para deslumbrar; basta a inocência para
acreditar; basta o futuro que lhe resta para nos alimentar: de sonhos, de
projetos, de ambições, de esperança, de amor. O melhor mesmo são as crianças.
Neste nosso mundo em que se
confunde a imaginação com a realidade, nem tudo acontece como se sonha. Quantos
sonhos deram origem a cenários catastróficos? Quanta demagogia gerou violência
sem fim? Quantos pensamentos beneméritos caíram em saco roto? De que vale
acreditar no fantasioso e nas utopias quando nada se faz para mudar coisa
alguma? E é preciso mudar tanto, mesmo nadando em águas turvas, quando esse é o
único caminho, porque pelas crianças é necessário galgar fronteiras e
preconceitos, pois o melhor do mundo são elas as crianças.
E vos deixo com as palavras de Louis
Pasteur:
“Quando vejo uma criança, ela inspira-me dois sentimentos: ternura,
pelo que é, e respeito pelo que pode vir a ser.”
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