domingo, 1 de julho de 2012

Outras leituras







2012, "Outras Leituras" pintura sobre tela, 100x60 cm




Muito se lê e escreve hoje. A internet criou novos hábitos de leitura e escrita. O leque dos que através das palavras comunicam com os outros aumentou exponencialmente. A democracia dos ideais passou a ser não um exclusivo dos pensadores das grandes causas mas, sobretudo, um desabafo de todos os que utilizam as novas tecnologias para dizerem de sua justiça, certamente, cheia de impropérios, mas a voz popular é, agora, mais global com as vantagens e os inconvenientes do pensamento imediato e emocional das multidões.
É triste ver que os livros – em papel – estão a desaparecer nas nossas casas, nas salas de espera, nas viagens, nos cafés, e com isso os hábitos de saborear, também, o objeto artístico, porque um livro é um conjunto de palavras, imagens, texturas, cheiros e com um passado milenar, que permitiu a evolução civilizacional do Homem graças ao acumular de informação. Mas o progresso é assim mesmo. As novas gerações terão como suporte comunicativo o visor dos computadores e, o passado legado nas folhas de papel será apenas uma memória, ou não fosse a nossa existência, um saudável e maravilhoso recordar, em que o futuro é já amanhã, e isso é que importa. Mesmo sem livros em papel. Para meu desgosto. E de muitos mil.

E vos deixo com as palavras de Julien Green que disse um dia:

“ Um livro é uma janela aberta pela qual nos evadimos”.



2 comentários:

  1. Isso mesmo:um livro é uma janela aberta !Infelizmente em Portugal ninguém gosta de abrir as janelas:uns por ignorancia,outros por preguiça.

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