2012, "Outras Leituras" pintura sobre tela, 100x60 cm
Muito se lê e escreve hoje. A
internet criou novos hábitos de leitura e escrita. O leque dos que através das
palavras comunicam com os outros aumentou exponencialmente. A democracia dos
ideais passou a ser não um exclusivo dos pensadores das grandes causas mas,
sobretudo, um desabafo de todos os que utilizam as novas tecnologias para
dizerem de sua justiça, certamente, cheia de impropérios, mas a voz popular é,
agora, mais global com as vantagens e os inconvenientes do pensamento imediato
e emocional das multidões.
É triste ver que os livros – em
papel – estão a desaparecer nas nossas casas, nas salas de espera, nas viagens,
nos cafés, e com isso os hábitos de saborear, também, o objeto artístico,
porque um livro é um conjunto de palavras, imagens, texturas, cheiros e com um
passado milenar, que permitiu a evolução civilizacional do Homem graças ao
acumular de informação. Mas o progresso é assim mesmo. As novas gerações terão
como suporte comunicativo o visor dos computadores e, o passado legado nas
folhas de papel será apenas uma memória, ou não fosse a nossa existência, um
saudável e maravilhoso recordar, em que o futuro é já amanhã, e isso é que
importa. Mesmo sem livros em papel. Para meu desgosto. E de muitos mil.
E vos deixo com as palavras de Julien
Green que disse um dia:
“ Um livro é uma janela aberta
pela qual nos evadimos”.
Isso mesmo:um livro é uma janela aberta !Infelizmente em Portugal ninguém gosta de abrir as janelas:uns por ignorancia,outros por preguiça.
ResponderEliminarÉ o nosso tempo...
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