“Quem é mais bela do
que eu?”, Pintura sobre tela de 2012
O espelho mostra-nos o lado
exterior de nós próprios. É um dos modos de nos reconhecermos fisicamente num
mundo de gente semelhante e, curiosamente, todos tão singulares. É verdadeiramente
mágico que na imensidão humana se consiga ser diferente, mesmo tão iguais na
aparência. Tanta gente. E há qualquer coisa em cada um de nós que nos distingue
e diferencia. É maravilhoso que assim seja, no entanto, porque cada pessoa é
única, e, por isso, insubstituível, as mágoas são muitas quando alguém parte…
E o espelho é, também, o palco
das vaidades em que se procura ver o corpo belo, para obedecer aos rigores
estéticos do momento, mas não há formosura que resista ao tempo…
Quanto ao nosso lado interior não
há espelho que mostre o que nos vai na alma, embora os olhos digam muito, porque
são um indicativo de alegria ou tristeza. Felizmente que há um cantinho, dentro
de nós, só nosso, onde guardamos os segredos e as lamentações... dos “pecados” ou
da falta deles. Bem longe dos espelhos...
E vos deixo, mais uma vez, com as
palavras de Fernando Pessoa que disse um dia:
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