2012, “Pausa” pintura
sobre tela de 40x40 cm.
Daqui para ali. De lá para um outro local. Estamos
sempre em busca de qualquer coisa que está num outro lugar, real ou fictício.
Procuramos eternamente o sítio certo, o cantinho ideal dos desejos, das necessidades
e, até, de nós próprios. Depois chega o tempo de parar. Da pausa. E lá se vai
tanto andar de um lado para o outro. E a correria termina de vez ou, apenas, por
instantes. Por breves instantes, porque há sempre um incógnito desígnio, neste
nosso modo de olhar e querer, isto e aquilo. Felizmente que é assim. Desgraçadamente
é quando desistimos. E tantos, tantos se deixam vencer, logo à partida. Por
isso, é preciso sempre uma pausa, quando o mundo, e, tudo o que ele comporta,
ultrapassa a nossa capacidade de vislumbrar o certo e o errado, o belo e o
feio, o maravilhoso e o fantástico. Parar para pensar é, quantas vezes, vencer
etapas, galgar montes, vales e descobrir a luz. E é tão bom gostar de gostar.
E vos deixo com as palavras de Johann
Goethe que disse um dia:
“Pensar é fácil. Agir é difícil.
Agir conforme o que pensamos, isso ainda o é mais.”
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