2012, pintura sobre tela “Espera”, 70x50 cm.
O céu é lindo; a saúde aparentemente
imensa; a fartura na mesa é uma constante; a família respira bem-estar. E a
tristeza continua. É assim em tanto lado. Tanta gente deprimida. Uns porque não
podem ter a Lua; outros porque julgam ser o que não são; outros ainda porque
vivem num tempo que já passou e não volta mais, e, com ele os sonhos perdidos
da felicidade eterna. E há, também, aqueles que nada pedindo, nada tendo, vivem
um dia de cada vez, com a esperança de um amanhã pelo menos igual, embora
miserável, e lá vão cantando e rindo com a alma despedaçada, como sempre. Tudo
gente boa. Sem dúvida. E tristes. Muito tristes.
E vos deixo com as palavras de Simone
de Beauvoir, in “A Força da Idade”:
“Em todas as lágrimas há uma
esperança.”
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