domingo, 27 de maio de 2012

Identidade

Pintura sobre tela de 2012, “Pai e filho” 60x60 cm.

O rosto diz-nos tanto: ele é o olhar que não mente, ou mente descaradamente; ele é o sorriso ou a falta dele; ele é a beleza ou a fealdade expressa. Ele é tudo...aparentemente. E de aparências vive o mundo onde o bonito se julga mais justo e, o feio, certamente, pecaminoso. Tanto engano num rosto. Tanta certeza no vislumbre. E de tantos enganos decorrem os dias e as vidas também. O tempo passa nesta caminhada de muitos cruzamentos e de múltiplas dúvidas, que é olhar aqui este rosto, ali outro, e, mais outro, lá longe. Tantos, tantos. Uns correspondendo à nossa análise e, muitos mais, tão distantes do juízo assertivo. Depois ficam as memórias de tão poucos, dos muitos que conhecemos. Afinal, tudo é poeira e pouco importa, a não ser mesmo os poucos que nos olham nos olhos, com amizade, ternura e amor.
 
E vos deixo com as palavras de William Skakespeare que disse um dia:
“Deus deu-nos uma cara e vós fazeis outra.”

2 comentários:

  1. Obrigado pela partilha. Obrigado pela sensibilidade.

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    1. A internet abriu as portas a toda a gente renascendo o prazer da escrita – como é o caso deste blog -, que tornou visível ideias e desejos, a uma plateia de conhecidos e de gente incógnita. Aqui apenas a sensibilidade é o tema por excelência, porque de arte se trata e, esta é só uma expressão sentimental como, mais uma vez, tentei relatar nesta crónica semanal.

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