Pintura sobre tela de 2012, “Pai e filho” 60x60 cm.
O rosto diz-nos tanto: ele é o
olhar que não mente, ou mente descaradamente; ele é o sorriso ou a falta dele;
ele é a beleza ou a fealdade expressa. Ele é tudo...aparentemente. E de
aparências vive o mundo onde o bonito se julga mais justo e, o feio, certamente,
pecaminoso. Tanto engano num rosto. Tanta certeza no vislumbre. E de tantos
enganos decorrem os dias e as vidas também. O tempo passa nesta caminhada de
muitos cruzamentos e de múltiplas dúvidas, que é olhar aqui este rosto, ali
outro, e, mais outro, lá longe. Tantos, tantos. Uns correspondendo à nossa
análise e, muitos mais, tão distantes do juízo assertivo. Depois ficam as
memórias de tão poucos, dos muitos que conhecemos. Afinal, tudo é poeira e
pouco importa, a não ser mesmo os poucos que nos olham nos olhos, com amizade,
ternura e amor.
E vos deixo com as palavras de
William Skakespeare que disse um dia:
“Deus deu-nos uma cara e vós
fazeis outra.”
Obrigado pela partilha. Obrigado pela sensibilidade.
ResponderEliminarA internet abriu as portas a toda a gente renascendo o prazer da escrita – como é o caso deste blog -, que tornou visível ideias e desejos, a uma plateia de conhecidos e de gente incógnita. Aqui apenas a sensibilidade é o tema por excelência, porque de arte se trata e, esta é só uma expressão sentimental como, mais uma vez, tentei relatar nesta crónica semanal.
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