2012, “Amizade”
pintura sobre tela de 60x100 cm
Nasce num lado qualquer: nos
bancos da escola, no emprego, no transporte público, no café. De um dia para o
outro encontramos alguém que tem tanto para nos dar e a quem desejamos dedicar
outro tanto. As razões são pelos mais nobres motivos ou, como acontece muito,
pela inevitável necessidade da amizade, que o espaço e o tempo obrigam. E, de
pequenos monocórdicos ditames iniciais, se desliza para confissões intimistas, nascendo,
deste modo, o apego ao relacionamento que faz a diferença, e transforma o vazio
numa necessidade de estar com outros, comungando tanto, ou coisa nenhuma. Os
dias passam, a vida também mas, entre tantos episódios, continua o elo da
cordialidade vivencial, que é a tradução literal da amizade, pois esta
ultrapassa distâncias, tempo e diferenças de opinião. O que é sublime. E é tão
bom não estar só, neste mundo de gente só.
E vos deixo com as palavras de Carlos Drummond de Andrade
que disse um dia:
“A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade
cultivando algumas pessoas.”
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