Num espaço inovador mistura-se a
arquitectura industrial e os equipamentos das máquinas que, em tempos idos, transformaram cereais em farinha, com arte contemporânea. São muitas as pessoas que revisitam o espaço
em busca, sobretudo, de memórias do passado, em que o operariado era o motor da economia, embora débil e periclitante.
E é com visitantes conhecedores
deste local que na Levada, em Tomar, a exposição “13 Luas”, albergando obras de
dez artistas mostra, neste primeiro ano - o projeto é para anualmente
realizar-se uma exposição -, um conjunto heterogéneo de obras, com o propósito
único de criar um elo entre os artistas, numa relação
em que a arte se mostra em locais aparentemente caóticos, com outros públicos e novos interesses.
Os artistas devem congregar-se em projetos para que estejam sempre
envolvidos em novas iniciativas, para que faça algum sentido tanta criação constante de obras, que são, afinal, o retrato de um tempo, em que se pretende ilustrar a motivação e o fascínio que é conceber um produto de interesse, quantas vezes...duvidoso.
E vos deixo com as palavras do
filósofo/sociólogo e músico Theodore Adorno que um dia disse:
“A tarefa actual da arte é introduzir o caos na ordem.”
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