Mais uma exposição de pintura a
inaugurar já no próximo mês, agora no Equuspolis, um espaço expositivo na Golegã.
Como é costume em mim, procuro que cada evento seja definidor do espaço e
do meio, o que significa expor trabalhos quase todos eles nunca antes
vistos, in loco. Entendo que devo, dentro do possível, mostrar sempre peças
novas e com temas na linha condutora que me caracteriza, mas que sejam catalisadores e despertem interesses acrescidos.
Agora a paisagem é o tema
dominante nesta exposição numa quase monocromia, onde os verdes predominam e se
procura enaltecer, sobretudo, a beleza da natureza, numa acalmia paisagística,
talvez em confronto com os muitos medos que hoje fazem parte do tecido social,
onde a barbárie é uma constante, mas que eu, porque não mudo o mundo, me deixo
ficar neste modo de ter como companhia a caixa dos pincéis, as muitas telas e
todo um querer conceber imaginários onde
não há lugar para o negro dos dias, e apenas para a edificação da serenidade e
do saber estar, sem invejas, nem ciúmes, porque a vida é breve e os campos
verdejantes e belos quando um homem olha com olhos de ver.
Tanto trabalho, tanta ansiedade,
tanta expectativa para mostrar a alguns que a arte tem ( em mim) um encanto enfeitiçado que me faz viver numa redoma, sem outros interesses que não sejam
pintar e saborear a magia do fazer. O resto é o costume de sempre: tão pouco me
interessa.
E vos deixo com as palavras de Pablo
Picasso que um dia disse:
“Pintar é libertar-se, e isso é o essencial.”
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