Felizmente há Natal, aqui e
agora. Depois não sei. Sei que as cores, as músicas e o espírito natalício
desde criança me fascinam. Sei que as compras quase obrigatórias nas trocas de
prendas fomentam o pior desta época, mas o que conta mesmo é a festa subjacente
e o deixar para trás as más memórias. Não se pode viver com a tormenta
constante, porque é preciso dizer basta e conquistar um brilho nos olhos.
O que importa, neste caminhar (
agora ) de despojamento, já não é seguir os preceitos e a fidelidade aos
princípios religiosos e /ou culturais, o mais importante é a comunhão da festa,
é o acreditar que ainda é possível ter um ideal com gente boa por dentro. Em cada
ano que passa uns partem e poucos outros chegam, a estrada da vida fica mais
curta e muito estreita para abarcar mais mundo e, é por isso mesmo, que sempre
olhei para o Natal com olhos finitos, ou seja: a vida é breve e o que ontem nos
movia, hoje está nas calendas, porque os sonhos quase sempre ficam pela
imaginação. Quase sempre. Mas ainda há Natal e fico de peito cheio e agradado
pelo bolo-rei. Para o ano há mais e espero sempre que as boas novas sejam
portadoras de notícias sãs, o futuro é já ali e não traz - porque não pode contrariar
as leis da natureza - o que queremos, mesmo que queiramos hoje tão pouco ou quase
nada.
E vos deixo com as palavras de Helen
Adams Keller que um dia disse:
“A única pessoa realmente cega no natal é aquela que não tem o Natal no
seu coração.”
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