O tempo foge-me. Não consigo
estar com quem gosto e dar a atenção devida; não faço tanto do que gostaria de
fazer, porque muito se escoa; não consigo edificar um projecto artístico como
sonho desde sempre, mesmo com o tempo contado. Sou assim, sendo o quase tudo um
pouco de nada. E fugi em busca de outras paisagens, numa viagem pelas memórias
de um tempo, onde o Índico encantava com as marés juntamente com o por do sol,
numa simbiose de cores e infinitos
desejos. Passados os dias com gente jovem que o tempo levou, é, agora, preciso recomeçar mais
uma vez, com a entrega de sempre e aquele prazer de edificar ideias e tornar
palpável o idealizado. E foi pelo não fazer que o desejo de realizar aumentou.
Preciso de fazer compassos de espera para avançar. A ver vamos.
E tenho, agora, já dois outros
projectos em mãos e várias exposições para fazer, cada uma com um tema próprio.
Preciso de uma agenda de eventos para me guiar no desejo de conceber. Depois é
a luta do costume e o caminhar segundo um sentido único, em que o importante é
ir desvendando imaginários que se tornam realidade pelo acreditar que vale a
pena.
E vos deixo com as palavras do
escritor, poeta, dramaturgo e ensaísta irlandês que viveu no século XIX, Oscar
Wilde, que um dia disse:
“Há duas tragédias na vida: uma a de não satisfazermos os nossos
desejos, a outra a de os satisfazermos.”
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