Esta semana não vou falar da
minha pintura. Quero mostrar outro lado do poliedro do meu viver. Se faço da
arte pictórica um modo de estar em paixão constante, confesso que também
partilho outros amores, que são apenas expressões lúdicas exigentes e salutares
para o meu bem-estar. O exercício físico – hoje na moda - tornou-se viciante em
mim. Dá-me aconchego e fruição nos domínios do corpo e do espírito. É agora já
uma rotina semanal, com o encontro entre amigos das corridas por montes e
vales, no propósito único de saber aproveitar a natureza e tirar partido do bem
que é, com parcos recursos, manter o corpo e a mente sã, tanto quanto possível.
E de tanto gostar resolvi
participar numa prova. E aqui estou feliz por ter estado, afinal, apenas num
evento insignificante no contexto desportivo, mas muito enriquecedor no ego, de
quem vê a prática desportiva como um modo saudável de viver em harmonia com o
meio e o próprio corpo.
E vos deixo com as palavras do
escritor Jean Giraudoux que um dia disse:
“O desporto é o único meio de conservar no homem as qualidades do homem
primitivo.”
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