João Alfaro
“Catarina: A Grande”,
2015
Pintura sobre tela de
100x100 cm
Hoje é dia de Portugal. Para uns
é apenas um feriado, para outros ainda significa comemorar um projeto épico
de séculos. Entre a indiferença ou o gostar de viver e sentir este território
com as suas gentes e a sua história quase milenar, há um abismo. Mas o que
conta, realmente, é saber estar defendendo o que a consciência dita, segundo
padrões de conduta, consciencializados por um longínquo modo de olhar o mundo e,
querer participar nele levando os valores julgados maiores.
E dos amores que é feita a vida
dos homens, amar e respeitar a criança é um dever sublime. Enorme. Felizmente
imenso. E porque assim é, a minha pintura procura descrever este
espaço territorial onde estou inserido, sem sofismas, apenas e só, mostrando os encantos
que a beleza humana transporta, e neles, o olhar de uma criança é, seguramente,
um raio de luz que nos conduz para o futuro, com a esperança de dias melhores e a
continuação da transmissão dos valores que tanto nos deveria orgulhar.
E vos deixo com a poesia de Fernando Pessoa:
“A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou.
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.”
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