João Alfaro
Aguarelas: “Retratos”.
Quando chega o momento de
escrever, aqui, as dúvidas são sempre mais do que muitas, porque tenho um modo
obsessivo de apenas querer consumir o meu tempo pintando, e não perdendo-me nas
palavras e nas ideias breves, que são a substância da descrição dos dias. Apenas
pretendo mostrar o lado que me fascina e conduz pelos caminhos da arte, razão
deste blog. É um olhar sobre o maravilhoso e fantástico da envolvência apaixonante
de construir uma figuração, que ilustre os interesses e a motivação maior, numa
caminhada onde apenas o importante é narrar o prazer que pintar produz, sem que
outras variáveis sejam consideradas ou relevadas, porque também há o desencanto
e frustrações, mas eu prefiro o silêncio sobre o que me desgosta e apenas
escrevo sobre o que me move apaixonadamente. O resto pouco interessa, porque de
queixumes ando eu farto.
Encontrar é muito difícil, mesmo
que a procura seja persistente, mas arte é um labiríntico procurar, onde apenas
alguns se destacam, numa floresta de interesses e interessados. O importante é
o momento mágico da criação, mesmo com os enganos todos e os ingénuos sonhos,
porque criar traz consigo serenidade e acalanto. O resto não interessa. E por
isso me envolvo tanto. Felizmente.
E vos deixo com as palavras de Oscar
Wilde que escreveu um dia:
“Um retrato pintado com a alma é um retrato, não do modelo mas do
artista. “
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