Tomar, 2014
Tomar, 2002
Pintura sobre tela, 50x70 cm
É preciso planear com tempo uma
exposição. A razão principal é, neste mercado sem mercado e sem público,
mostrar aos interessados (que ainda há) o que se faz num determinado momento,
como razão plausível e motivadora, para que a persistência em continuar a
trabalhar seja constante, mesmo perante a indiferença do público e de outros
agentes, característica dominante, sobretudo, nas artes plásticas.
Eu bem sei que na imensidão de
tanta produção dita cultural não há paciência, nem capacidade para absorver
tudo. Os projetos são muitos e tão diversificados, que a dúvida sobre a
seriedade é uma questão permanente e legítima. Entre os pingos da chuva vou
caminhando, sempre na mesma senda. Umas vezes mais crente, outras nem tanto. O
importante mesmo é acreditar que vale a pena.
Cada exposição é uma ocasião
única: o espaço, a temática e a circunstância geram entre si um diálogo que é a
razão maior para alguém se expor. Mostrar o que faz, como faz e porque faz é,
por si, um modo de comunicar um ideal, num determinado momento. Em 2015 na
cidade de Tomar irei mostrar o que agora ando a fazer para que me julguem, ou
não fosse a vida um caminhar de muita crítica pelas ações e pelas omissões.
E vos deixo com as palavras de
Leonardo da Vinci, que escreveu:
"Não desprezes a pintura, pois estarás a
desprezar a contemplação apurada e filosófica do universo."
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