João Alfaro
“Maja”, 2014
Pintura sobre tela de
81x100cm
Acabei de ler o livro ensaístico
de Maria Filomena Mónica : “A Morte”. Por razões familiares – agora - este é um
tema muito presente nos meus pensamentos diários. Houve, em tempos idos, um
período longo em que pensei muito sobre os fins dos dias. Voltei, infelizmente,
de novo, a repensar toda a dimensão da natureza humana e o que significa o
desaparecimento de alguém. Há aqueles que nunca mais voltam e, há também, os
que podendo voltar, não regressam mais, embora estejam sempre presentes, tanto
lá, como cá. Quer uns, quer outros partiram, deixando ou não saudades. Simplesmente
se foram. Tragicamente ou não. E a vida continua. Com cinzas ou doirados dias
se fazem as jornadas, em que a maravilha do querer viver deve ser a sublimação
do futuro, pois esta é a força anímica que nos leva a acreditar nos desejos,
mesmo que sejam só sonhos.
“Maja” é mais uma pintura das
muitas que quero fazer, neste meu caminhar de desejos e sonhos. E, porque os
dias são sempre uma esperança, mesmo quando sofridos; porque nada melhor que
saber descobrir o possível no impossível; porque de magia e arte se fazem os meus
dias, tenho tanto para realizar, que receio não chegar a tempo de concluir o
que quero dizer com as armas que tenho na mão: pintar.
Para breve, na descoberta dos prazeres que a vida nos dá, de novo, vou expor numa outra galeria, um conjunto temático de pintura, onde procuro mostrar quanto é doce saber viver.
Para breve, na descoberta dos prazeres que a vida nos dá, de novo, vou expor numa outra galeria, um conjunto temático de pintura, onde procuro mostrar quanto é doce saber viver.
E vos deixo com as palavras de Machado
de Assis:
“A arte de viver consiste em
tirar o maior bem do maior mal.”
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