domingo, 29 de setembro de 2013

Hoje

 
 
 
 

 
 
 
  
 
 
João Alfaro

“Joana”, 2013

Pintura sobre tela de 80x80 cm

 

 

 

 

Hoje há eleições em Portugal. Um país tão pequeno com três governos ( Açores, Madeira e Continente), 308 municípios, 4259 freguesias e infindáveis organismos dependentes do contribuinte vai votar. Este Estado, que se quer de Direito, irá escolher os representantes do poder local. E são tantos, tantos, tantos..., porque as freguesias não se podem reduzir, nem os municípios, nem os restantes organismos... Eu bem sei que qualquer Democracia, que se preze, tem custos. A nossa também. Elevados, diga-se. Confesso que sou cético perante o panorama nacional, mas eu apenas faço parte da lista dos muitos descrentes, embora reconheça a valia de candidaturas e a  sua postura ética e moral. O meu voto é somente um dever de cidadania. Das paixões que a vida comporta nada é mais sublime que a arte da verdade, e, essa é difícil de encontrar na política. Talvez apenas na Arte. E no amor. Algumas vezes...

 

 

 

Na minha concha me reservo para os meus encantos onde procuro ilustrar o lado da harmonia, da beleza e da serenidade pintando, longe, portanto, dos jogos de poder que não se enquadram neste meu modo de ser e estar. Os dias, para mim, são sempre em busca da estética pictórica preenchidos de fantasia e caprichos, porque sem eles cada aurora seria sempre cinzenta, e do que gosto mesmo é das cores; da grande música ( que é sempre colorida); dos amigos ( que irradiam cromatismos) e dos meus (fonte de muitas luzes).

 

 

 

Vou pintar com muitas cores. Hoje.

 

 

 

 

 

E vos deixo com as palavras de Voltaire, in “Livro dos Disparates”:

 

“A política tem a sua fonte na perversidade e não na grandeza do espírito humano.”

 


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