João Alfaro
"Deusa da Luz", 2013
Pintura sobre tela de 80x80cm
O mundo de hoje, graças às novas
tecnologias que permitem as comunicações instantâneas, é pequenino. E cada vez mais. A informação
chega a todo o lado influenciando e mudando as mentalidades secularizadas. Por
associação e por arrasto se caminha no mesmo sentido, para que a diferença não
seja um vislumbre. Mas também há aqueles que fazem da oposição um modo de estar
na vida, remando contra a maré dominante e dizendo de sua justiça, em contraste com a unicidade. Há sempre alguém
que diz não. Que quer ser diferente. Que considera a multiplicidade de opções
uma oportunidade de descoberta. Que luta mesmo sabendo que os tempos não estão
de feição. Que tudo é uma passagem devorada pela temporalidade e, naturalmente,
esquecida a breve trecho, porque tudo é fogo-fátuo.
A arte é um estado de modas.
Aparece uma corrente dominante querendo traduzir o tempo presente e muitos
rapidamente alinham pelo mesmo diapasão. É sempre assim. Hoje como no passado.
Mas há os opositores. Os velhos do Restelo e ... os outros. Aqueles que se mostram renitentes, e não
querem seguir por caminhos sem futuro e apenas de olhares fugazes. Que venha o
diabo e diga de sua justiça. O que eu sei é que por aí não vou. Pelas modas.
E vos deixo com as palavras de José
Régio, in “Cantigo Negro”:
“...Não
sei por onde vou,
Não
sei para onde vou,
Sei
que não vou por aí.”
Excelente! Tudo!
ResponderEliminarBeijinhos e saudades de por aqui pass(e)ar :)
mariam