Estudos prévios
Desenhos, 2013
Há por aí tantos. Imensos. Muitos
mesmo. Mas que seria de nós sem os “nossos
fantasmas”? Não à volta a dar. Precisamos deles. Como de pão para a boca.
Só assim conseguimos julgar, que somos o que nunca fomos nem seremos: gente
plena. Mas não. Esse destino está ao alcance de poucos. Tudo é bruma. Como os
sonhos dourados. Resta pois acreditar em fantasias.
Do que gosto é de pouco, que é
imenso, quando afasto os fantasmas. Do que sobra já desisti. Não vou em
caprichos. Nem em aventuras congeminadas em delícias. O que me basta é o que a
mão alcança. Por enquanto. Depois logo se vê. Os dias serão cada vez menos luzidios,
ou não fossem eles contados, num calendário pré-definido. Tenho um universo
ainda por consumir. Se os deuses deixarem.
E vos deixo com as palavras de
Machado Assis:
“A arte de viver consiste em
tirar o maior bem do maior mal.”
Belíssimo. Tudo belíssimo.
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