Estive no Porto a passear pela
cidade e, reconheço, a razão maior foi visitar as galerias de arte que, numa só
rua da Invicta - a Miguel Bombarda - criam uma atmosfera artística específica,
sobretudo no dia das inaugurações simultâneas. Muito do que conheço por esse mundo
fora teve sempre como objetivo primeiro conhecer obras de arte. Não é a praia,
nem a natureza, nem outros eventos que me seduzem: é a pintura. Fui, confesso
aqui, uma vez à Áustria só para ver a obra do Klimt, olhos nos olhos. Sou de uma
civilização que adora a imagem e não me vejo a viver num outro contexto em que
a arte tem regras afuniladas. Isso não.
E, porque gosto tanto das artes
plásticas, da ópera, assim
como dos espectáculos de palco, tenho tido a sorte de viver, felizmente, sempre
numa atmosfera em que a criação
artística é o apanágio do meu caminhar, embora todo ele seja na penumbra, todavia,
quando menos espero as boas notícias chegam: ou é a possibilidade de mostrar
obras em conceituadas galerias; ou é saber que há pessoas de tão longe ( do outro lado do oceano) que
adquiriram peças minhas. Devagar, devagarinho vou sonhando e vivendo. Umas
vezes barafustando com razão ou não, porque só não me zango (silenciosamente) com as telas, claro!
E vos deixo com as palavras do poeta
italiano Arturo Graf que um dia disse:
“O saber e a razão falam; a
ignorância e o erro gritam.”
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