Há momentos de encontro entre
familiares e amigos. Umas vezes nos locais mais aprazíveis e convidativos aos
prazeres da amizade e do saber viver; outras vezes, porém, no pior dos sítios:
o cemitério. Desde muito novo, tenho imagens de criança, onde a presença de
muitos, infelizmente, tinha como razão maior a despedida eterna. Mas há,
também, aqueles reencontros onde o festejar com alegria é o que traz tantos a
um evento em nome de alguém ou de algum projeto de vida. E é dos momentos bons
que quero destacar e recordar. Vou agora iniciar uma série de desenhos sobre a
minha família e amigos próximos, para fixar no tempo a aparência de cada um.
Retratar nas artes plásticas
alguém é ultrapassar a identificação fisionómica e transpor para outros
horizontes, onde se misturam valores e princípios, beleza e fealdade,
incógnitas e certezas que só o tempo fará perdurar e criar imaginários
especulativos se, obviamente, a obra comportar tanto de tão pouco.
E vos deixo com as palavras do
escritor russo Lev Tolstoi que um dia escreveu:
“As famílias felizes parecem-se
todas; as famílias infelizes são iguais cada uma à sua maneira.”
Sem comentários:
Enviar um comentário