João Alfaro
“À descoberta do nu”
Atrás das Artes
Rua Trás dos Muros
Torres Novas
Todos os dias acontecem dramas.
Tragédias. Desgraças alheias. A vida continua, contudo, com as angústias e os
desafios de cada um. Desfechos felizes ou eternas tristezas. Tudo é, afinal, a
roda dos muitos caminhos de todos. Ora no sítio certo, ou, talvez, não…
É neste quadro de vivências que o
tempo passa numa encruzilhada de procuras, que levam a bom porto ou a sítio
nenhum. De tantos olhares ficam sempre presentes os que traduzem esperança e
paixão. O resto pouco importa.
O círculo vicioso em que me
envolvi é apenas aparência, porque nada acaba por ser o ambicionado. O sonhado
ficou pela imaginação luzidia dos eventos artísticos. O tempo é cada vez menos
e é preciso aproveitar o possível expondo, porque é necessário mostrar o
trabalho pictórico, para que faça sentido tanta entrega e tanto amor. O que ontem
era belo, hoje é ruindade, porque antes significava o paraíso encontrado, agora
é a mágoa da perda, ou do engano. Dei tanto de mim, com prejuízo dos meus, pela
busca pictórica que acabei nesta roda de caminho nenhum.
Agora em Torres Novas, num espaço
magnífico, como sempre no vazio das almas a minha pintura está presente para os
que a querem contemplar, nesta despedida expositiva, porque o tempo está a
acabar.
E vos deixo hoje com as palavras
de Virgílio
Ferreira in “Vive o dia de hoje".
"...Não penses para amanhã na urgência de seres agora. Mesmo logo à tarde é muito tarde..."
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