" À descoberta do nu"
Exposição de Pintura
Atrás das Artes
Rua Trás os Muros
Torres Novas
É preciso mostrar, de vez em
quando, o que fazemos e porque fazemos. Depois outros caminhares se encarregam
de conduzir, ou não, a bom porto a exposição. Neste jogo de procuras o objetivo
é o mesmo de sempre: chegar a muitos mais. Felizmente que a internet ampliou os
espaços e permite hoje o acesso ao que se faz por esse mundo fora. Vivemos muito
da imagem instantânea. Um simples clique e fica logo classificado tanto
trabalho. A pintura é uma imagem. Basta um olhar fugidio para a adjetivar.
Há, também, o fascínio pela presença, pelo frente a frente perante o real, pela
verdadeira obra vista pelo olhar direto do observador, sem os filtros das novas
tecnologias. Mas isso começa a ser apenas um desejo de uns poucos. Tudo muda. Agora
é uma caixa, cada vez mais pequena ora chamada computador, tablet ou telemóvel
que guia o sentido do prazer contemplativo. É mais cômodo e simples. De uma
maneira e de outra vou mostrando o que faço. Agora até 16 de Março.
O que apresento nesta exposição é
um olhar pela beleza feminina. Uma homenagem ao encanto; à serenidade; ao
intimismo. O resto é descrito e acrescentado pela crítica do observador. Num tempo
de conflito civilizacional, de costumes múltiplos, de inquietações sobre o
futuro procuro, como sempre faço, manter o fio condutor da minha pintura: a
figuração. É preciso dizer ao mundo quem somos e o que queremos. Numa linguagem
pictórica, sem rancor, a minha paleta é um descrever.
E vos deixo com as palavras do padre
António Vieira que viveu no século XVII:
“Sendo tão natural ao homem o desejo de ver, o apetite de ser visto é
muito maior.“
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