A voz deveria ser do Elvis
Presley mas os direitos de autor não deixam...
Todos os dias leio os meus blogs
de eleição. Os jornais marcaram um tempo. Passado. Hoje os meus interesses são outros
e não passam pela imprensa diária de novidades rebuscadas. Gosto de escrever mas
não consigo manter a chama ardente deste meu blog, como era obrigatório, para
quem abre aos outros um pedaço da intimidade e dos pensares. O meu tempo se
escoa e me deixo levar pelo vazio e pela ausência. Reconheço hoje, mais do que
nunca, quanto sou de silêncios. Foge-me tudo. Até a vontade. Passamos um tempo a
encher um espaço: a nossa casa. Depois um outro tempo onde o importante é apenas
o aconchego e o vazio também, com as memórias, obviamente. E o resto pouco
relevo tem. Para mim. Agora mais do que nunca.
Todos os dias quero chegar mais
longe. Fazer o que ainda me falta realizar. Mas nunca chegarei lá. Está no meu
sangue este disforme modo da cordialidade. Resta-me a culpa, com a pintura por
dentro. Para este ano, sempre na mesma onda, por aqui quero continuar a fazer o
que tanto gosto, se me deixar a deusa Hígia, porque a persistência é o meu
lema, quando os caminhos se estreitam e nada mais resta senão saborear os
prazeres do gostar. Enquanto forças houver.
E vos deixo com as palavras do
escritor e filósofo romano Lucius Séneca que um dia disse:
“Trabalha como se vivesses para
sempre. Ama como se fosses morrer hoje.”
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