João Alfaro
(Pintura a mostrar, talvez um dia, num espaço público digno e dignificador, se me deixarem...)
Nada é
como queremos. Nem nunca será. Reconheço. Os nossos propósitos são os interesses que
desejamos e não o que outros querem. Depois disto só basta dizer que ando
farto. É tudo gente do mesmo saco. Que se pode esperar? Mesmo perante as
evidências, há quem negue a realidade, inventando artifícios e misturando tudo e
toda a gente, para não se chegar a lado nenhum e ficar tudo na mesma. Triste
sina. Estou cansado de chegar a tanto lado e encontrar os mesmos do costume: os
do saco. Tudo gira segundo os preceitos que determinam. Nada sabem dos meandros
culturais, mas decidem com a argumentação que lhes é peculiar: primeiro eles, depois os amigos, pois claro. E está tudo dito e decidido.
Invertem as questões; desconhecem em absoluto os valores maiores da dimensão
estética e contemporânea da criatividade; censuram e mandam com a altivez que
os torna gente do Olimpo. Resta-me somente saber esperar e continuar, acreditando
(ingenuamente) que um dia o saco ficará só com gente que sabe o que faz. Tudo isto porque, mais uma vez, ouvi um não, e foi outra porta que se fechou.
E vos deixo com as palavras de Giordano
Bruno , filósofo italiano do século XVI que um dia disse:
“Ignorância e arrogância são duas irmãs inseparáveis, com um só corpo e
alma.”
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