João Alfaro
“Medusa”, 2015
Pintura sobre tela de
120 x 80 cm
As histórias de vida são muitas e
todas diferentes, no entanto, quase genericamente sem história, melhor dizendo:
sem nada de relevante e distinto, que faça com que haja um interesse por um ou
outro episódio, que marque e distinga da espuma dos dias, que é o normal nos
repetitivos modos de viver e conviver. Mas acontecem tantas coisas que trazem
consigo as angústias, os choros continuados e a tristeza pelos sonhos perdidos,
entre os dias cheios de sol, com episódios que fazem gostar de gostar disto e
daquilo. Todavia é o comum. Acontece a toda a gente, ou seja: vidas banais em
que uns são mais felizes do que outros, sem nada que mereça um olhar
diferenciado sobre isto ou sobre aquilo. Contudo cada momento é único, e,
quando alguém olha pela janela, para o outro lado do seu aconchego, há um mundo
diferente cheio de histórias por contar, que se perdem nas calendas, como quase tudo.
Recordo hoje as palavras de Alexis
de Tocqueville, historiador e escritor francês do século XIX que um dia
disse:
“A história é uma galeria de quadros onde há poucos originais e muitas
cópias.”
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