João Alfaro
Pinturas em tela
A uma semana de inaugurar uma
exposição, culminando um longo processo construtivo, é chegado o
momento de mostrar, num espaço condigno e com a apresentação desejada, aquilo
que faz parte da minha identidade, enquanto apreciador e construtor de
pintura contemporânea.
Como acontece com todos os
artistas, apenas uma pequena parte das obras são mostradas, porque muito do que
é feito nunca é exposto; ou porque são apenas estudos prévios e trabalhos
menores; ou porque os espaços expositivos são sempre pequenos para as muitas
peças concebidas; ou porque a temática subjacente, em cada evento, inviabiliza
todas as obras que não se enquadrem no tema de referência da amostra. A 9 de novembro
na ArtSpace, na exposição conjunta com o escultor João Carvalho, o elo temático entre a pintura e a escultura
tem, essencialmente, o nu como referente.
E, porque é preciso acreditar que
os caminhos chegam ao desejado lugar,
para acalentar a ambição de manter acesa a chama inspiradora, neste contexto
das muitas dúvidas que é o percurso artístico de cada um, vou apresentar,
agora, as últimas obras. Entre o sonho, a fantasia e o mundo real, o que faço é
seguir em frente, sabendo que é o presente vivido que conta e, esse é sempre
o mais encantador, neste gostar de fazer, numa contínua paixão de criar, porque a
minha luta tem por lema nunca desistir, para alguém ver, talvez, um dia. E
gostar. Porque não?.
E vos deixo com as palavras de
António Vieira:
“Sendo tão natural ao homem o
desejo de ver, o apetite de ser visto é muito maior.”
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