João Alfaro
“ Duplo olhar”, 2013
Pintura sobre tela
Tudo é espuma. O que parece
importante, agora, perde o seu significado no instante seguinte. É tudo um
engano. O que verdadeiramente conta é o prazer: do momento; da vida. Basta
pensar nos noticiários. Quase nada fica na memória, porque tudo é espuma. Ou
quase tudo. O que fica é aquilo que nos envolve e nos apaixona. O resto não
interessa para nada. É tudo fantasia. Palavras ocas. Gente que diz e faz
balelas e mais nada. Insignificâncias é o que acontece diariamente. E o mundo
roda. E tudo muda. E poucos olham mais longe, porque o que conta, o que nos
atrai é o abismo da insignificância. Da espuma dos dias.
E vos deixo com as palavras de Aulo
Pérsio, in “Sátiras”:
“Do nada, nada vem; e ao nada, nada pode reverter.”
Sem comentários:
Enviar um comentário