“Sono Profundo”, 2013
Pintura sobre tela
Tenho uns amigos que escrevem
maravilhosamente. Eles contam tudo. Questões privadas. Privadíssimas até. Eu
leio sempre deliciado cada artigo nos seus respetivos blogs. São o meu alimento
diário na leitura matinal. Os jornais já foram. Agora, neste constante tempo de
mudança, a voz é não só do jornalista, mas também dos outros. Eu que
desesperava, ler, em adolescente, o que os ardinas traziam, agora, esse estado
de espírito morreu de vez. Os jornais dizem quase nada. Quando dizem. Tudo está
diferente. O que me interessa não consta nas muitas (poucas) colunas de
notícia. É no que escrevem os meus amigos que encontro a procura desejada. Eu
bem sei que o que contam são os pequenos episódios diários, reveladores da
expressão mais autêntica do sentido vivencial; ou são as inquietações do
espírito perante os dilemas da atualidade, numa delícia descritiva de episódios
sentidos, consentâneos com a paixoneta deste meu viver, nos dias de hoje. Já não
me interessa ouvir o político A ou B. Fiquei farto e desiludido. E os dias passam.
Cada aurora é mais um que vivo
comungando, sobretudo, com uma pessoa cujo amor é o maior do mundo. Um dia ela
irá partir. E se eu cá estiver será certamente muito triste esse tempo. Tudo
acaba. Até a vida de uma mãe.
E vos deixo com palavras, neste
tempo Pascal, de Textos Bíblicos:
“A vista não se sacia de ver, nem o ouvido se farta de ouvir.”
Sem comentários:
Enviar um comentário