"Danie", 2013
Pintura sobre tela
Esta semana não se falou senão no
novo Papa. E quase só do mesmo. As notícias são breves e repetitivas até ao
próximo evento. Depois um outro acontecimento faz esquecer o passado recente.
É, esta, a máquina trituradora da abordagem comunicativa que questiona os
problemas nos dias de hoje. Desta feita foi a Igreja o alvo da notícia. Não
pela sua ação no terreno mas, só, pela sucessão de uma cadeira de poder.
A igreja, entre os muitos
caminhos trilhados no fundamentalismo inquisitorial ou no catolicismo
divulgador dos ensinamentos da fé e da cultura, promoveu essencialmente na arte
a escrita, a música, o canto, a arquitetura, a pintura, a escultura e as artes
decorativas, como meio de espalhar os ensinamentos doutrinários, tendo hoje todo
um passado que está aberto ao mundo para contemplação nos muitos edifícios que
fazem parte do seu património. A arte ocidental não seria a mesma sem a
orientação eclesiástica que se conhece. E, porque vivi sempre neste espaço judaico-cristão,
o que faço, o que pinto é, somente, a continuação dos grandes mestres
ocidentais. Noutra escala. Obviamente.
E vos deixo com as palavras de George
Hegel, in “Lições de Estética”:
“O
mais alto objetivo da Arte é o que é comum à Religião e à Filosofia. Tal como
estas, é um modo de expressão do divino, das necessidades e exigências mais
elevadas do espírito.”
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