domingo, 17 de março de 2013

Arte e Religião (I)

 
 
 
 
 
 
 
"Danie", 2013
Pintura sobre tela
 
 
 
 
 
Esta semana não se falou senão no novo Papa. E quase só do mesmo. As notícias são breves e repetitivas até ao próximo evento. Depois um outro acontecimento faz esquecer o passado recente. É, esta, a máquina trituradora da abordagem comunicativa que questiona os problemas nos dias de hoje. Desta feita foi a Igreja o alvo da notícia. Não pela sua ação no terreno mas, só, pela sucessão de uma cadeira de poder.
 
 
A igreja, entre os muitos caminhos trilhados no fundamentalismo inquisitorial ou no catolicismo divulgador dos ensinamentos da fé e da cultura, promoveu essencialmente na arte a escrita, a música, o canto, a arquitetura, a pintura, a escultura e as artes decorativas, como meio de espalhar os ensinamentos doutrinários, tendo hoje todo um passado que está aberto ao mundo para contemplação nos muitos edifícios que fazem parte do seu património. A arte ocidental não seria a mesma sem a orientação eclesiástica que se conhece. E, porque vivi sempre neste espaço judaico-cristão, o que faço, o que pinto é, somente, a continuação dos grandes mestres ocidentais. Noutra escala. Obviamente.
 
 
E vos deixo com as palavras de George Hegel, in “Lições de Estética”:
 
“O mais alto objetivo da Arte é o que é comum à Religião e à Filosofia. Tal como estas, é um modo de expressão do divino, das necessidades e exigências mais elevadas do espírito.”
 


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