segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Influências - (II)

João Alfaro


Vermeer

Viajar é um privilégio; uma benesse; um enriquecimento; uma descoberta constante. Ver outros povos, outras culturas, outros modos de sentir e de comungar é fundamental para compreender que mundo é este, em que estamos todos numa só jangada no universo. Sair do nosso burgo e ir por aí em busca do desconhecido é uma aventura e o resultado final é, sempre, mais saber acumulado. E nada mais importante que saber mais. Cada dia deve ser em busca de interesses e de encontros que promovam o desejo de viver com mais prazer. Viajar é um modo simples de adquirir, mesmo que a viagem se restrinja ao nosso cantinho, por mais pequeno que ele seja, porque acontecem coisas e, porque assim é, vale sempre a pena. Eu viajo ou pelo meu cantinho, ou por espaços maiores e mais distantes, ou como acontece muito, imaginando viagens sem fim. Ou não fosse o sonho… uma eterna viagem.

E, porque viajo, descobri muitos artistas de quem gosto imenso. Se tivesse de escolher somente cinco um deles seria certamente: Vermeer. A sua obra, que se eclipsou durante séculos, é hoje uma referência pela genialidade plástica e sensorial. Os seus trabalhos são de uma beleza que encanta e, por isso, muito do que faço tem como suporte a sua referência. Os ambientes, as cores, os temas, a pincelada, o requinte narrativo, tudo é belo. E mais belo é quando se tem a oportunidade de ver, in loco, como eu vi, obras deste holandês do século XVII.
E vos deixo com as palavras de Victor Hugo que escreveu um dia:
“Tudo quanto é belo manifesta o verdadeiro.”

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