domingo, 1 de janeiro de 2012

2012




Começou 2012. Como sempre as interrogações e as dúvidas estão presentes. Os tempos são difíceis. A Europa não está em guerra (aparentemente), no entanto, outras preocupações ocupam toda a gente. O desemprego é galopante; as perspetivas de melhores dias, no Ocidente, parecem ter já acontecido. Que nos espera?

É neste desencontro entre a realidade e a ficção que procuro viver com a serenidade possível. Um dia de cada vez é o meu lema de vida. Vendo bem, é assim que coisas se passam: um dia de cada vez. Todos temos, nos nossos conceitos de vida, uma forma de estar e sentir. Tudo depende do contexto. Quem não tem saúde quer que ela volta de novo; quem vive num inferno deseja a paz; quem está preso quer a liberdade; quem é livre sonha com a felicidade plena. Todos querem mais porque não há limites para nada e, se, porventura, os bens materiais estão ao alcance, então, faltam os outros que são, obviamente, e, felizmente, mais difíceis, fazendo da condição humana um limbo de possibilidades ou da falta delas. Somos assim. Para o melhor. E para o pior…

Estas imagens retratam o meu universo hoje. Do que gosto mesmo é de viver rodeado da minha pintura, sabendo bem que sou um construtor de imagens, num mundo de imagens. E, porque é tão difícil fazer algo que faça a diferença e que estimule a curiosidade, para catapultar para outros patamares de interesses, vivo um dia de cada vez, nesta maré de sonhos que é uma forma de vida ou, não fosse a vida, um trajeto de certezas e enganos.

E vos deixo com as palavras de Voltaire que escreveu um dia:

“Deus concedeu-nos o dom de viver; compete-nos a nós viver bem.”

1 comentário: