Começar é, em muitos casos, uma incógnita sobre o que virá depois. Por muito que se calcule; por muitas conjecturas; por muitos exames prévios; por muitas previsões e estudos; por muito que se faça para imaginar o futuro – ele – é, eternamente, uma incerteza. Há sempre imponderáveis a surgir no percurso de uma obra, de uma vida, de um caminho por mais simples que ele seja. Felizmente que é assim, embora gostássemos de saber antecipadamente. A incógnita, a dúvida, a incerteza, o mistério acabam por ser, afinal, o fruto desejado, porque verdadeiramente o que nos atrai é o desconhecido e, por essa razão, iniciamos tantos projectos com a incerteza crendo, contudo, que chegaremos lá, só porque começamos..
É sempre assim que começo a pintar. Gosto de escolher uma cor para a base da pintura; dividir o espaço em quadrículas para que as proporções e a utilização da régua e do esquadro funcionem melhor; desenho com formas simples apenas para colocar os elementos na composição. Depois é que começa o nascimento das cores. E a incerteza também. História da Minha Pintura.
E vos deixo com as palavras de Jean Paul Sartre:
“Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.”
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