João Alfaro
Pintura
“Retrospetiva
2000-2015”
Agora, neste aproveitar o
possível, com a mesma fantasia e a determinação de sempre, um novo projeto, que
é apenas mais do mesmo, no circuito que me circunscreve. O pior é desistir, e
isso não. Há quem tenha engenho e arte, mais o saber da utilização das leis
mercantilistas, pelos caminhos certos do ir longe... mas eu não!
Há tanta gente que cria
convictamente tanto de tanto e, no entanto, pouco impacto conseguem alcançar,
neste leque de ofertas mil. Eu sou apenas um criador, que faz do momento
criativo o melhor dos prazeres mundanos, num ilusório modo da significância do
existir, como afirmação de valores que apenas se enquadram nos sentimentos do
afeto.
Faço do meu trabalho uma
ilustração do observado, do sentido e do vivido. Todas as obras pictóricas são
retratos de gente real, uns próximos, outros resultantes de encontros esporádicos
ou apenas de vislumbres momentâneos, ou não fosse a arte uma expressão da vida,
em que alguns apenas são memórias ocultas, outros não.
Apaixonadamente os dias sucedem-se
numa procura constante por linhas condutoras de novas ideias e descobertas
salutares. Esta retrospetiva, que engloba parcelarmente obras dos últimos 15
anos, é um olhar temático sobre o melhor que há: o outro. Até 30 de outubro no
Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, com entrada livre das 18 às 22 horas.
E vos deixo com as palavras de Jorge
Santayana, filósofo, poeta e ensaísta espanhol, que um dia disse:
“Um artista é um sonhador que consente em sonhar o mundo real.”
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