João Alfaro
Pinturas sobre tela
em execução
Todos os dias aparecem as
notícias que são já norma: desgraças e fatalidades com fartura. Entre os
perigos reais e os imaginados os dias passam. Com a cabeça dentro da areia ou
pensando nas questões caminhamos, ora sonhando com “libertárias” burkas, ora
com apocalipses da natureza ou tormentas sem fim. Que venha o diabo, porque de
santos ando eu farto. Sei é que nascem e morrem pessoas e sonhos. E há dias
felizes. Também.
Porque não acredito nas preces
nem nos santinhos e nas suas historietas de fantasiar, desta ou qualquer outra
religião, me deixo levar por aquilo que há de mais sagrado em mim: o amor;
porque é bom, maravilhosamente bom a esperança na vida; porque é encantador ver
nascer e crescer quem nos conquista com ternura e afeto o coração; porque só
com projetos acalentadores se consegue fazer mais e melhor, mesmo que outros
digam que não; porque ainda não me deixei levar pelo desencanto, aguardo sempre
ansioso, os novos raios de luz, ao quero conceber, quase diariamente, novos projetos. E amanhã é outro dia.
E vos deixo com as palavras de José
Luís Nunes Martins, in “Filosofias, 79 Reflexões”:
"Ninguém busca a felicidade,
o que todos procuramos é uma razão para sermos felizes... por entre todas as
que nos fazem sofrer."
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