Professor Bazenga
João Alfaro
Autorretrato
1ª pintura a óleo
Há pessoas que nos marcam, porque
nos ajudaram a definir a nossa personalidade ou a encontrar o caminho certo.
Enquanto o mundo chora a morte de um homem reconhecido internacionalmente pelos
seus valores de humildade, generosidade e, sobretudo, pelo sentido da comunhão
e do afeto, ao contrário dos seus pares, todos mais preocupados com a ganância
e desrespeito pela diferença, Mandela soube ser ímpar num continente devastado
por tantos males. As homenagens sucedem-se. Merecidamente. É um símbolo da Humanidade.
E a sua memória não será esquecida, porque foi um dos grandes do nosso tempo. Partiu
e deixou uma eterna saudade.
E há os nossos que ao partirem
deixam, naturalmente, saudade, muita dor pela ausência, e um vazio que nem o tempo consegue
preencher. Eles são sobretudo os nossos familiares queridos e os amigos próximos.
Mas há também os que se cruzaram um dia no nosso destino e nos mudaram a vida.
Partiu, no mesmo dia do Mandela, um homem por quem sempre tive uma enorme admiração.
Fez-me descobrir o meu caminho e por isso me tornei pintor. Num contexto, longe
das metrópoles artísticas, soube incutir-me o desejo ardente de acreditar
sempre que se deve ir atrás do sonho. E eu fui. Obrigado professor Gil França
Bazenga.
E vos deixo com as palavras de Guimarães
Rosa:
“Saudade é ser, depois de ter.”
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