domingo, 17 de fevereiro de 2013

Mercados

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
Arco 2013
 Feira de Arte de Madrid
 
 

 
De novo em Madrid desta feita para ver a Arco, Feira de Arte da capital espanhola, que é, ainda, um acontecimento artístico relevante no campo das artes plásticas. Galerias, de diferentes países, mostram os seus artistas, com variadas propostas. Há um fio condutor que me parece limitativo da abrangência artística, donde muitas propostas são o mesmo do mesmo, apesar de incorporar clássicos como Picasso ou Léger, passando por Paula Rego e, a contemporânea, Joana Vasconcelos. Algumas das obras, pela continuidade, já não chocam e apenas denotam a fraqueza criativa, mas o painel é o que é, neste modo de olhar e ver, os meus pares.
 
 
 
 
Reconheço que ando por outros caminhos: o dos desencontrados. Hoje fala-se muito em mercados. Sempre existiram e são a razão da troca de bens e serviços. De tudo. De arte também. Mas eu não me dou com estes mecanismos de compra e venda, sobretudo de fingidas intervenções para captar popularidade. Sou eu que ando errado. Dizem muitos. Mas sei que por aí não vou.
 
 
 
E vos deixo com as palavras de Mario Vargas Llosa em entrevista à revista Sábado:
 
 
“Há grandes artistas e grandes trapaceiros e é dificílimo estabelecer a fronteira entre eles, e nisso são responsáveis, os marchands. Há uma frivolidade que sustentou palhaços que eram aventureiros e inautênticos e que alcançaram um enorme prestígio. Desapareceu a diferença entre valor e preço. Parece que o preço determina o valor…”


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