Arco 2013
Feira de Arte de Madrid
De novo em Madrid desta feita
para ver a Arco, Feira de Arte da capital espanhola, que é, ainda, um
acontecimento artístico relevante no campo das artes plásticas. Galerias, de diferentes países, mostram os seus artistas, com variadas propostas. Há um fio
condutor que me parece limitativo da abrangência artística, donde muitas
propostas são o mesmo do mesmo, apesar de incorporar clássicos
como Picasso ou Léger, passando por Paula Rego e, a contemporânea, Joana
Vasconcelos. Algumas das obras, pela continuidade, já não chocam e apenas
denotam a fraqueza criativa, mas o painel é o que é, neste modo de olhar e
ver, os meus pares.
Reconheço que ando por outros
caminhos: o dos desencontrados. Hoje fala-se muito em mercados. Sempre
existiram e são a razão da troca de bens e serviços. De tudo. De arte também.
Mas eu não me dou com estes mecanismos de compra e venda, sobretudo de fingidas
intervenções para captar popularidade. Sou eu que ando errado. Dizem muitos. Mas
sei que por aí não vou.
E vos deixo com as palavras de Mario
Vargas Llosa em entrevista à revista Sábado:
“Há grandes artistas e grandes trapaceiros e é dificílimo estabelecer a
fronteira entre eles, e nisso são responsáveis, os marchands. Há uma
frivolidade que sustentou palhaços que eram aventureiros e inautênticos e que
alcançaram um enorme prestígio. Desapareceu a diferença entre valor e preço.
Parece que o preço determina o valor…”
Sem comentários:
Enviar um comentário