Estou farto. Farto dos
telejornais; farto dos blogs lamechas; farto das conversas e dos glutões do
costume. Tudo desemboca, sempre, no mesmo: crise e desencanto. O poder político
tradicional já não convence. É tudo gente desacreditada. A apreensão é grande. A
realidade mudou de vez. Nada é como dantes. Ou quase...nada.
Não mudo o mundo mas, não sou
como a avestruz. Nunca acreditei que do ar se fizesse ouro e da preguiça
riqueza. Nesta onda de fingimento e de valorização do que não existe, a vida é
para ser vivida um dia de cada vez, que é como quem diz: o futuro é uma
incógnita crescente, porque o amanhã é a certeza da incerteza. E há os outros:
aqueles que sabem como viver, porque o mundo é dos espertos e,… só deles!
Resta-me o mesmo do mesmo:
pintar. É uma benesse, bem sei, dado que é o caminho onde encontro a paz e o
sentido deste andar, longe dos pareceres dos mandantes. É uma fantasia
vivencial, reconheço, que tem os dias marcados pela incerteza dos demais,
porque sinto-me como peixe na água enquanto pinto, ouvindo a minha música
operática e longe das agruras comportamentais de muitos. Cada novo dia é a
esperança em criar algo de novo que seja apelativo e congregador. E feliz me
sinto, tendo oportunidade de pintar. O que é incomensurável. Podem crer.
E vos deixo com as palavras de Victor
Hugo que disse:
“A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o
desespero.”
http://bloguedofreddy.blogspot.pt/
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