domingo, 11 de novembro de 2012

A luz ao fundo do túnel






 
 
“Márcia”, estudo prévio.
Pintura sobre tela ( em construção).
 
 
É um regalo. Todos sabem como melhorar as finanças do país. Alguns dos meus conhecidos conhecem a fórmula mágica. É tão simples: renegociar, criar emprego, blá, blá, blá. Facílimo. É nesta maré de demagogia e ignorância que, todos os dias, oiço a solução para os males deste pequeno retângulo peninsular. Eu, que não sei fazer contas, prefiro desviar a minha atenção para outros interesses, sabendo, no entanto, que ando apoquentado e o sono nunca mais foi o mesmo, desde a descoberta do descalabro das contas públicas. Valha-me não Deus, mas a pintura e este meu caminho de ilusão e fantasia. Hoje pinto mais um retrato; amanhã acordo ambicionando fazer uma obra-prima mas, tal como os meus conhecidos, também não sei nada de nada, julgando saber, porque mesmo pintando apaixonadamente desde criança, as obras ficam sempre àquem do expectável, todavia, não desisto deste caminho de persistência, mesmo na solidão e no silêncio, ou não fosse a arte da vida, afinal, a luz ao fundo do túnel.
 
 
 
E vos deixo com as palavras de Mark Twain:
 
“Não abandones as tuas ilusões. Sem elas podes continuar a existir, mas deixas de viver.”
 


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