“Márcia”, estudo prévio.
Pintura sobre tela (
em construção).
É um regalo. Todos sabem como
melhorar as finanças do país. Alguns dos meus conhecidos conhecem a fórmula
mágica. É tão simples: renegociar, criar emprego, blá, blá, blá. Facílimo. É
nesta maré de demagogia e ignorância que, todos os dias, oiço a solução para os
males deste pequeno retângulo peninsular. Eu, que não sei fazer contas, prefiro
desviar a minha atenção para outros interesses, sabendo, no entanto, que ando apoquentado
e o sono nunca mais foi o mesmo, desde a descoberta do descalabro das contas
públicas. Valha-me não Deus, mas a pintura e este meu caminho de ilusão e fantasia.
Hoje pinto mais um retrato; amanhã acordo ambicionando fazer uma obra-prima
mas, tal como os meus conhecidos, também não sei nada de nada, julgando saber,
porque mesmo pintando apaixonadamente desde criança, as obras ficam sempre
àquem do expectável, todavia, não desisto deste caminho de persistência, mesmo
na solidão e no silêncio, ou não fosse a arte da vida, afinal, a luz ao fundo
do túnel.
E vos deixo com as palavras de Mark
Twain:
“Não abandones as tuas ilusões.
Sem elas podes continuar a existir, mas deixas de viver.”
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