Todos os anos realizam-se nas principais capitais, um pouco por todo o mundo, Feiras de Arte. É o espaço, por excelência, onde algumas galerias promovem os seus artistas e procuram os negócios que a arte incorpora. É também uma excelente oportunidade de comparar, de colocar em confronto obras e conhecer um ou outro autor. É igualmente interessante ver que tantos, de níveis etários diferenciados, nos espaços das Feiras, se cruzam num hino à beleza e ao prazer da contemplação. Infelizmente não é o melhor modo de ver e fruir obras de arte. A imensidão e disparidade de peças e o excesso de pessoas perturbam uma análise mais cuidada e contemplativa, no entanto, o mercado é assim que funciona. E sem mercado não há arte que resista. Nem artistas…
Hoje é preciso estar nos sítios certos para se conhecer e dar a conhecer. Há locais míticos que, mercê da tradição e do poderio económico e cultural, são o palco primordial para o reconhecimento e projeção de uma obra, de um projeto, de um artista. O mercado português pela sua diminuta escala restringe a atividade e o circuito artístico é de somenos importância, donde se procuram outros horizontes quando se acalentam sonhos. Quando se sonha…
E vos deixo com as palavras de Johann Goethe:
“Só a arte permite a realização de tudo o que na realidade a vida recusa ao homem.”