Nestes tempos de mudança, cujo caminho está mais cheio de incertezas que convicções, tudo gira numa constante angústia de deveres e valores sem sentido. O certo de ontem é a desordem de hoje. Todo o tempo é de mudança. Sempre foi. Aceitar este princípio é a grande questão, no entanto, o mundo pode e deve mudar, mas não a qualquer preço. Como acontece hoje muito. Infelizmente.
Esta tela é o retrato de um espaço onde tudo parece estar no sítio certo, bem longe das convulsões que gravitam por todo o lado e que quebram este silêncio e esta tranquilidade, que é o saborear do saber viver sem os desejos dos sete pecados mortais. É tão fácil estar longe estando tão perto e vice-versa. E porque é assim, a minha caminhada pictórica é um imenso mar de descrições sobre este meu processo de olhar, analisar, contemplar e viver. Aqui procurei transmitir, como sempre faço, o que me motiva e me leva a acreditar que vale a pena pintar, mesmo que tudo me passe ao lado. História da Minha Pintura.
E vos deixo com as palavras de Jean de La Fontaine:
“E cada um acredita, facilmente, no que teme e no que deseja.”
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