“Beijo”, 2012
100x100 cm, pintura
sobre tela (em construção)
O percurso da pintura é sempre um
saudável enigma, com momentos de angústia mesclados de esperança. Quando acabo
uma obra ela ganha autonomia e deixa de me pertencer, para entrar no campo da
especulação dos críticos…se os houver. Depois parto para o projeto seguinte que
é a procura dos mesmos ideais de beleza e de sensibilidade, segundo este meu
modo de olhar e ver o mundo dos Homens, onde pretendo, sobretudo, destacar o
lado sensorial da vida.
Quanto mais pinto mais me perco no desejo de
pintar, distanciando-me da realidade envolvente, porque já não quero ver mais,
nem saber mais, dado que o tempo que me resta é para gastá-lo naquilo que me
preenche, tanto quanto possível, e não para consumir-me nas intrigas e invejas
do costume.
Recordo hoje as palavras de
Alfred de Musset que disse um dia:
“- A única linguagem verdadeira
no mundo é o beijo.”
Sem comentários:
Enviar um comentário