domingo, 23 de setembro de 2012

Percurso da Pintura (II)




“Beijo”, 2012

100x100 cm, pintura sobre tela (em construção)

 

O percurso da pintura é sempre um saudável enigma, com momentos de angústia mesclados de esperança. Quando acabo uma obra ela ganha autonomia e deixa de me pertencer, para entrar no campo da especulação dos críticos…se os houver. Depois parto para o projeto seguinte que é a procura dos mesmos ideais de beleza e de sensibilidade, segundo este meu modo de olhar e ver o mundo dos Homens, onde pretendo, sobretudo, destacar o lado sensorial da vida.

 

 Quanto mais pinto mais me perco no desejo de pintar, distanciando-me da realidade envolvente, porque já não quero ver mais, nem saber mais, dado que o tempo que me resta é para gastá-lo naquilo que me preenche, tanto quanto possível, e não para consumir-me nas intrigas e invejas do costume.

 

Recordo hoje as palavras de Alfred de Musset que disse um dia:

 

“- A única linguagem verdadeira no mundo é o beijo.”

 


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