“Eu corro atrás da memória
De certas coisas passadas
Como de um conto de fadas,
De uma velha, velha história...
Tão longe do que hoje sou
Que nem sei se quem recorda
Foi aquele que as passou,
Ou se apenas as sonhou
E agora, súbito, acorda.”
"Dúvida", Poema de Francisco Bugalho, in "Canções de Entre Céu e Terra"
Hoje há um clima geral de desconfiança. De muitas dúvidas. De medo. O dia de amanhã é uma incerteza completa. Muitos acusam este e aquele num rosário de queixumes. A roda da vida continua. E o mundo muda, para desgosto de multidões. Sempre assim foi. Porque seria agora diferente?
Estas pinturas feitas nos anos 90 procuram ilustrar este nosso modo de sentir e questionar as muitas interrogações que fazem parte do percurso vivencial. Cores fortes e contrastantes, contornando as formas definidoras de espaços, buscam a ilustração das muitas dúvidas que é este andar por aqui em busca do Santo Graal.
E vos deixo com as palavras de Oscar Wilde que disse:
"As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros."
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